Criança com efeito azul na imagem correndo jogando moedas para o ar. Ao fundo, imagem de um pattern de arco-íris.

Finanças para crianças: Aprendizagem além do porquinho

Transforme as crianças em pequenos gênios financeiros! Dicas práticas para ensinar sobre dinheiro e futuro planejamento financeiro desde a infância.

Atualizado em

Escrito por Redação Aires

Ok, as crianças não pagam pelas - muitas - coisas que precisam. Mesmo assim, são clientes potenciais de milhares de empresas. 

Sabe aquela loja de doces super gostosos e coloridos com propagandas de crianças felizes e muito sorridentes? Sim, o seu filho é alvo dessas gostosuras. 

E, apesar de ser você quem banque por esses luxos - por vezes bem caros - os pequenos, mesmo sem saber, já fazem parte do mercado de consumo. 

Por isso, falar sobre finanças para crianças não é um bicho de sete cabeças. O que precisamos, na verdade, fazer é dar nome aos bois. 

Para ensinar finanças para crianças, separamos 7 dicas que vão transformar a forma como o pequeno vê a sua carteira. Isso, além de estimular uma nova aprendizagem, coloca em perspectivas melhores o futuro das finanças do seu filho, e, de quebra, ele ainda entende que dinheiro (infelizmente) não nasce em árvores. 

Antes de tudo, qual a importância da Educação Financeira?

Educação financeira é um conceito que cresce em volume de buscas a cada ano que passa. De acordo com dados disponíveis no Google Trends, o termo ganhou força em 2017 e nunca mais deixou de aparecer nos resultados de pesquisa. 

A grande busca sobre educação financeira no mundo, no entanto, não traz perspectivas aos brasileiros. Mesmo com quase 100 mil resultados para a pesquisa, em março deste ano a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC) mostrou que 77,5% das famílias brasileiras estão endividadas. 

Tá, mas a conta não fecha: Muitas pesquisas > Muitos resultados > índice de endividamento continua alto. Afinal, o que tem por trás da nossa má relação com o dinheiro?

O problema é que nós, brasileiros, não temos uma cultura que se posiciona, discute, e ensina finanças. Basicamente, não falamos sobre dinheiro. 

Escondemos o nosso salário, contas e tudo o que envolve gastos. Como resultado, temos uma grande parte do país que não tem controle sobre suas economias. 

Um estudo com mais de 2 mil brasileiros encabeçado pelo Itaú Unibanco divulgou que metade dos participantes evitam pensar em dinheiro para não ficar triste. Além disso, 60% afirmaram não falar quanto ganham (independente da quantia).

Porém, negar o problema não o torna inexistente. Por isso a educação financeira é tão importante. 

Estudar e colocar em prática a forma correta de lidar com o dinheiro é um dos ensinamentos mais importantes para o sucesso e o nosso desenvolvimento. 

O dinheiro não deve ser vilão. Pelo contrário, ele está aí para nos servir - e não vice-versa. A educação financeira nos dá liberdade de não sermos reféns do nosso trabalho. 

Por que ensinar finanças para crianças?

Quando falamos desde cedo sobre dinheiro, os pequenos crescem com a mentalidade de que ele não é um problema. Pelo contrário, aprendem a ter uma relação saudável com as finanças. 

Um estudo do Banco Central feito entre 2010 e 2019 revelou que jovens que tiveram acesso ao ensino de educação financeira apresentaram 9% menos chances de utilizar o cheque especial. 

Os benefícios, na verdade, acontecem tanto para os filhos, quanto para os pais. Ensinar finanças para  crianças faz com que os pequenos entendam o real valor das coisas. Ou seja, os pais conseguem explicar com maior clareza os porquês de um celular novo não ser um presente tão fácil de se comprar, por exemplo. 

Qual a idade certa para ensinar a lidar com o dinheiro?

Não há idade certa para ensinar o seu filho a lidar com o dinheiro. Basicamente, aprendeu a falar, ler, escrever e consegue interpretar números, o ensino já pode ser incluído no dia a dia dos pequenos.

Porém, a aprendizagem pode se iniciar ainda mais cedo. Há estudos que comprovam que a repetição de frases, termos e assuntos durante a gestação levam o bebê a guardar essas informações no subconsciente. 

Ou seja, o desenvolvimento do controle financeiro infantil será mais efetivo na fase madura da criança. 

A responsabilidade sobre a educação financeira infantil 

Muitas vezes, a responsabilidade pela aprendizagem da criança é depositada única e exclusivamente à escola e aos professores. No entanto, o desenvolvimento infantil acontece em grande parte fora da sala de aula. 

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, a aprendizagem sobre finanças para crianças deve ocorrer dentro da escola. Porém, é necessário que o ensino seja complementado no dia a dia. O estudante deve ser estimulado constantemente dentro de casa. 

Com o auxílio dos pais, os pequenos desenvolvem na prática uma maior autonomia na hora de lidar com o dinheiro.

7 dicas para você começar a ensinar finanças para crianças

Falar de dinheiro com as crianças não precisa ser um bicho de sete cabeças. Pelo contrário, a conversa pode ser bastante divertida, e os pais, na maioria das vezes, se surpreendem. 

Uma matéria divulgada pelo Você S/A mostrou relatos de pais que ao falarem de finanças para as crianças perceberam reações bem mais positivas do que imaginaram. 

Em um caso, após entenderem as razões de a compra de um videogame não ser uma realidade para o momento, as crianças começaram a empreender com venda de bolos na frente de casa. O objetivo era arrecadar fundos para que o sonho fosse alcançado o mais rápido possível. 

  1. Separe um pequeno montante para a semanada

Não há outra forma de ensinar sobre dinheiro se não com dinheiro. Afinal, é na prática que se aprende. Por isso, separe um pequeno montante para a semanada ou a mesada. 

Comece com pequenos valores. Por semana, R$ 10,00 pode ser um bom início. Ou até menos. 

Dessa forma, você estimulará a autonomia e a disciplina. A criança terá que fazer o dinheiro render até a próxima semana, caso não queira ficar sem.

  1. Leve-o ao mercado

Há melhor lugar para aprender sobre variedade de preços, economia, gastos e produtos do que no mercado? 

Entre as prateleiras, os pequenos podem observar a diferença entre valores de um ou outro produto e visualizar na prática as melhores formas de economizar. 

Além disso, tirará dele aquele paradigma de que “o que eu quero, eu tenho”. Pelo contrário, aprenderá que, muitas vezes, precisamos esperar e juntar um pouquinho mais para ter aquele brinquedo legal ou comprar aquela super caixa de chocolates. 

Nas fileiras do supermercado, as crianças descobrem controle e limites financeiros. 

  1. Fale sobre metas

Esta dica, além de ser ótima para aplicar finanças para crianças, é essencial para os adultos. Guardar dinheiro nem sempre é fácil; mas fica ainda mais difícil quando a tarefa é sem sentido. 

Economizar para um bem maior faz com que a atividade seja mais divertida e prazerosa. 

Incentive a criação de metas. A compra de uma bicicleta, um celular novo ou outros itens de desejo podem ser bons objetivos. 

  1. Estimule o empreendedorismo

Citamos ali em cima um caso de pais que, ao falarem de finanças para as crianças, tiveram a surpresa do desejo de empreender por parte dos pequenos. Mas, nem sempre essa atitude partirá deles. 

Por isso, é muito importante incentivar o empreendedorismo. 

Independente do lucro, essa atividade faz a criança entender mais sobre ganhos, gastos e controle financeiro.

Além da venda de bolos, os pequenos podem se comprometer com a fabricação de pulseiras, desenhos, sucos ou qualquer outra coisa que eles gostem de fazer.

  1. Converse sobre o real valor das coisas

Falar de finanças para as crianças não deve ser uma prática diária. Por isso, converse sempre sobre o real valor dos produtos. 

Supondo que ela ganhe R$ 10,00 por semana, pode ficar surpresa ao saber que hoje em dia a caixa de leite ultrapassa os R$ 6,00. Esse tipo de consciência ajuda na tomada de decisão e no seu planejamento financeiro. 

  1. Envolva as crianças em decisões financeiras

Seja no mercado ou na compra de uma roupa, coloque o seu filho em posição de decisão. Nessa posição ativa, ele não somente acata e absorve conhecimento, mas sim que aplica o que aprendeu. 

  1. Mostre na prática a relação entre trabalho e dinheiro

Coloque seu filho para trabalhar. 

Não de qualquer jeito, é claro. 

Contribuir com alguns reaizinhos pode ser legal vez ou outra. Ao carregar as sacolas de compra do mercado, dobrar algumas roupas, passear com o cachorro pelo terreno… trabalhe a percepção de fazer e ganhar.

Com nada pesado, mostre um pouco de como funciona a relação entre trabalho e dinheiro, como uma prévia da vida adulta. 

Diga adeus ao porquinho

Quando se fala em finanças para as crianças, uma das primeiras coisas que passam pela nossa cabeça é comprar um porquinho. 

Mas, essa talvez não seja a melhor alternativa. Vou te contar o porquê:

  • A criança acaba perdendo a noção de quanto guardou;

  • Dinheiro parado apenas perde valor;

  • Parece que a quantia não pode ser usada. É como se dinheiro fosse feito para ser estocado;

  • Estimula ainda mais a cultura de que não se deve falar sobre dinheiro, Afinal, ele deve ficar escondido, guardado. 

Sobre investimentos

Vale falar ainda que outra forma de ensinar finanças para crianças é conversando sobre investimentos. Algumas vezes, faça-o escolher entre receber os R$ 10,00 da semana hoje ou R$ 13,00 daqui alguns dias. 

Depois de algum tempo comprando as suas coisas com o seu próprio dinheiro, a criança entende as vantagens e desvantagens de investir o seu capital. 

Criança precisa brincar

Sim, é importante falar de finanças para as crianças. Mas, não esqueça: são apenas crianças. E, criança precisa brincar. 

Insira brincadeiras, jogos e outras atividades no momento de ensinar coisas novas. Nada melhor do que aprender brincando. 

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